terça-feira, 22 de junho de 2010

Beleza Virtual


              Na semana passada vazou na internet uma foto da atriz Carol Castro para uma revista, destas de “beleza”, “saúde”e “boa forma” sem photoshop, ou seja, Carol Castro em suas reais formas. Meu primeiro pensamento foi : “Cinderla saiu do baile à meia-noite”, mas logo depois pensei de uma forma diferente : “cara, qual a diferença do corpo dela para o meu?”.

                O que me leva a seguinte revolta: então, quer dizer que 90% daquelas atrizes que aparecem nessas capas de revistas não são reais! Ok, disso eu já tinha total noção, mesmo antes dessa foto rolar na net, mas simplesmente o aparecimento desta foi a confirmação de tudo aquilo que eu já sabia, só não imaginava que fossem tão normais quanto nós, simples mulheres mortais. Ou seja, corremos atrás de um modelo quem nem mesmo as modelos que nos são apresentadas possuem! Ou pelo menos grande parte delas. Me lembro de quando a Playboy da Juliana Paes saiu, foi um verdadeiro bafafá pois havia uma foto em que mostrava algumas celulitezinhas da atriz, adorei a resposta dela: “Qual a mulher que não possui? Eu também tenho”.
                E quando eu mostrei para alguns amigos meus, 90% deles falam que não ligavam se ela estava “photoshopada”ou normal, a maioria deles não buscam aquele estereótipo de  mulher de barriguinha reta, seios fartos e pernas grossas e malhadas, ou aquela esguia, longilínea, a maioria disse que no quesito corporal, preferirem as normais. Como Léo Jaime já havia dito: celulite que dizer mulher gostosa em braile (eu tenho cá minhas reservas quanto celulites, tenho as minhas, as aceito, porém, se ficarem muito absurdas, como um sofá, tenho sérios motivos para me preocupar), Tico Santacruz também é um adepto da mulher normal. Infelizmente ainda existem aqueles 10% de que gostam das mulheres da revista, um dos meus melhores amigos prefere esse tipo de mulher. Porém estes 10% são só para os amigos que eu fiz a pesquisa, são muito mais que 10% aí fora, pode pôr, por baixo, uns 30%.
Mas porque mesmo assim, com estas provas nos preocupamos tanto como nós estamos? Poque sempre estamos preocupadas com nossas balanças?  Simples, além de claro, uma grandíssima imposição midiática, que sempre nos estampa nas capas das revistas, em outdoors e em programas (nem um pouco construtivos e informativos, que muito gente assiste por aí) de tv que mostram mulheres belíssimas, que juram até a morte que não fizeram uma visita ao Sr. Bisturi, há também esses 30% que nos incomodam constantemente, mas a pior pressão vem de nós mesmas, sabemos muito bem que nós mulheres somo pessoas, digamos assim, um tantinho invejosas (somos sim! E a mulher que contestar issoestará faltando com a verdade para com ela), é de concordância geral de que nós nos vestimos para as outras, muito raramente nos vestimos para os outros, claro que nós queremos ser elogiadas de vez em quando, mas principalmente, se alguma mulher nos elogiar, sabemos que ela deu o braço a torcer. Logo mistura-se a influência da mídia, mais a pressão masculina sobre as preferências nacionais e botamos nós mesmas nessa panela, e está pronto a recita perfeita para fazerem as academias, consultórios de cirurgias, spa's (para quem pode) lucrarem bastante com nossas paranóias.
Só gostaria no final, de agaradecer à própria Carol Castro, infelizmente ela foi sacaneada,  pois não esperava que tal coisa acontecesse com ela, mas que se não fosse pela foto divulgada muita gente teria ainda a ideia de perfeição em suas cabeças. Não estou dizendo que ela mudou o mundo, nem chegou perto, mas muitas meninas e mulheres ficaram aliviadas. Ela não deveria ficar irritada neste sentido, muitas mulheres ficaram felizes em saber que ela também é tão normal quanto 95% da populacão feminina mundial. Só deixo em aberto uma última questão, porque essa supervalorização da imagem? Eu sei que imagem é importante, mas porquê chegar ao ponto de mostrar ao mundo algo totalmente falso e plástico? Bom acho que isso vai ficar para um outro post.


domingo, 13 de junho de 2010

Aos solteiros


E eis que depois de uma noite de “quem sou eu” e de acordar à uma hora da madrugada em desespero – eis que às dua da madrugada acordei e me encontrei. Simplesmente isso... eu me encontrei. Calma, alegre, plenitude sem fulminação. Simplesmente isso, eu me encontrei! É lindo, é vasto, vai durar.

Eu sei mais ou menos o que vou fazer em seguida, mas, por enquanto, tu olhas para mim e ama.
Não! Tu olhas para Ti e Te amas! É o que está certo!

(Poema de Clarisse Lispector, adaptado por Wagner Moura)

Eu me amo

quarta-feira, 9 de junho de 2010

É o Caralho!

Caralho, nunca ouvi uma palavra fazer tanto efeito como essa. Atualmente ele é um grande ou um pequeno palavrão, dependendo de quem seja este caralho.
Mas o que muitos não sabem é que o tal caralho um dia foi um caralho inofensivo, porém um GRANDE e imponente caralho, duro e ereto em toda a sua maestria... no meio de uma grande e bela caravela.
A função do caralho em tempos passados era a de se avistar um ponto de terra em meio àquela imensidão marítima, evidentemente era o pior lugar para se ficar (o contrário de hoje), pois era um lugar que balançava muito e todos que eram enviados para lá passavam mal; Os comandantes usavam deste artifício para castigar alguns tripulantes: "Vá para o caralho!", grita o capitão e com o rabinho entre as pernas, lá ia o marinheiro prostrar-se no alto do caralho.
Hoje o caralho possui muitos significados e pode ser empregado em várias outras frases, além da frase clássica citada acima. E não há nada mais anestésico que tirar o caralho da garganta depois de uma boa topada em algum lugar, na realidade qualquer palavrão bem empregado tem valor anestésico, parafraseando Mark Twain: "em certas circunstâncias, um palavrão provoca um alívio inatingível até pela oração”.
O caralho, inclusive, pode ser combinado com outros palavrões, mais comumente posposto a um "puta que pariu" (num outro dia, quando estiver mais inspirada, discorrerei sobre este meu segundo palavrão preferido).
Enfim, Caralho, como instrumento de trabalho ou válvula de escape, eu adoro, não fico um dia sem soltar um... ou dois
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*Trilha de hoje: Aqui pra vocês - Buraka Som Sistema

terça-feira, 8 de junho de 2010

Sobre estar sob controle

Há algum tempo venho refletindo sobre este assunto, até que um amigo meu me fez tal pergunta: Você gosta de estar no controle?

Respondi que sim, é uma característica de minha família... ah, prepotência minha! É inerente ao ser humano estar no controle de algo, alimenta o ego, dá até um certo prazer. Mas não entremos nesse assunto, é matéria para um outro post. Pois bem, respondi que sim, porém essa pergunta er muito ambígua devido ao teor subliminar da conversa, mas completei dizendo que precisava estar (não totalmente) fora desta zona de controle, pelo menos numa relação a dois, mas não ao ponto que me desvalorize.
Explico (ou tentarei):

Não que eu queira ser uma Amélia (NUNCA!), mas seja numa relação mais séria ou numa aventura amorosa eu ando um tanto quanto curiosa de saber como é não estar no controle, como é não só fazer o que eu queira, deixar de bancar a mimada que impõe barreiras, deixar de ser a feminista convicta, enfim deixar ser conduzida (entenda bem con-du-zi-da, não domindada) ter a sensação de dar um salto no vácuo sem paraquedas, ser menos "programática" (se é que esta palavra exista), e deixar ver no que dá, sinceramente eu não me permito isso (ou não me permitia), principalmente que isso me tira da minha zona de conforto de, na grande maioria das vezes, saber no que vai dar.

É lógico que, primeiramente, é uma questão pessoal, de que primeiro eu tenha que baixar a guarda para que tal condução aconteça, mas parte também de outro fazer conseguir me desarmar, que isso não seja à força, mas de um modo (digamos assim) sedutor e aos poucos vá derrubando minha resitência, que em algum mometo eu diga que quero fazer A e ele diga B e eu faça B ao invés de A, como diria Lobão "o que eu quero é que ele quebre a minha rotina". É fato que é uma questão de confiança, afinal ninguém faz nada de olhos fechados a não ser que tenha confiança.
Está lançado então um desafio, estaria na minha classificação de homem aquele que conseguir fazer isso (é lógico que para "homem" são necessários mais atributos, mas isso também é outro post em potencial), enfim, espero que tenha conseguido me fazer entender a necessidade de estar fora de parte do meu controle, sair um pouco da responsabilidade de ter os pés no chão e passar para as mãos dele, acredito que seria uma experiência interessante e gostosa.

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*Trilha Sonora: Dançando no Escuro - Curumim
Blá Blá Blá - Lobão
Confianzas - Gotan Project
**Gostou das fotos?? http://weheartit.com/tag/jump?page=1